Uma viúva de 91 anos, que mora em uma casa em ruínas em uma rua deserta no noroeste dos Estados Unidos, viva sozinha, mas acompanhada.
A mulher, aparentemente com ajuda, desenterrou os corpos embalsamados de seu marido e de sua irmã, poucos dias após sua morte, e os levou para sua casa.
Durante mais de uma década, Jean Stevens viveu junto com o cadáver de seu marido. No caso de sua irmã gêmea, fazia desde o ano passado, até que alguém chamou a polícia.
A idosa está desolada.
“A morte é algo muito difícil de se aceitar para mim”, disse Stevens ao ser entrevistada.
A polícia continua investigando o caso. Stevens não quer revelar quem a ajudou a desenterrar os corpos.
Entretanto, Stevens queria continuar vivendo com James Stevens, seu marido com o qual foram casados durante 60 anos, que morreu em 1999, e June Stevens, a irmã gêmea que faleceu em outubro passado.
Agora, contudo, seus corpos permanecem na sala do legista local, fora do alcance da mulher que os quis por tanto tempo.
Stevens, que parece mais uma avó que uma necrófila, deu uma explicação triste, complicada e um tanto comovente.
Vestindo uma camisa azul claro e uma saia cáqui, com cabelos brancos e olhos marrons, Stevens disse que tinha uma relação muito estreita com sua irmã, cujo corpo mantinha num sofá em um cômodo da casa.
“Creio que quando os põe (na terra), é um adeus, adeus”, disse Stevens, que tem claustrofobia. “Desta maneira podia tocá-la, vê-la e falar com ela… E foi falando e me esqueci”.
A idosa deu uma explicação similar para manter o corpo do seu marido num sofá.
“Podia vê-lo, podia observá-lo, podia tocá-lo. Algumas pessoas agora sentem algo horrível, e me pergutam: ‘Por que quer ver um morto?’… Bem, tenho um sentimento diferente em relação à morte”.
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