O Google começou nesta segunda-feira
(12/9) a fotografar Jerusalém para seu serviço Street View, após
receber sinal verde de Israel.
O projeto foi inaugurado em frente à antiga cidadela amuralhada, no território palestino ocupado por Jerusalém Oriental,
durante uma entrevista coletiva da qual participou o prefeito da
cidade, Nir Barkat. Nas próximas semanas, os veículos do Google tirarão
fotos da cidade, tanto da parte judia como da árabe, da Cidade Antiga e
do mercado Mahane Yehuda, informou o site do jornal israelense Globes.
"Jerusalém é um centro fundamental
de peregrinação para as três principais religiões do mundo
(cristianismo, islã e judaísmo) e o legado histórico e cultural de
Israel afeta a vida de bilhões de pessoas ao redor do mundo", informou
Meir Brand, gerente da divisão do Google para Israel, África do Sul e
Grécia.
Após Jerusalém, será a vez de
Tel Aviv, Haifa, Nazaré, Mar Morto, margens do Mar da Galileia e da
cratera Ramón, no deserto do Neguev. Israel deu sinal verde em
agosto para o Google Street View, que permite visitar cidades
virtualmente, com uma vista de 360 graus das ruas. O assunto foi
examinado anteriormente por uma comissão ministerial que estava
preocupada principalmente pela possibilidade de que o serviço
facilitasse a realização de atentados e, em menor medida, com seu
eventual impacto na privacidade individual.
As negociações com a empresa
duraram três meses, após o Ministério da Justiça de Israel ter recebido
garantias de que rostos humanos e placas dos veículos serão desfocados. O
"sim" de Israel pode, no entanto, levar a outras preocupações, já que
um ativista israelense pró-palestino começou a organizar ações surpresa
como a de exibir cartazes contra a ocupação dos territórios palestinos
justamente quando os veículos do Google Street View começaram a
fotografar Jerusalém.
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